terça-feira, 19 de julho de 2011

Reflexões sobre Igualdade de Gênero e Raça

Observando a realidade da sociedade brasileira através dos meios de comunicação, deparamos constantemente com as mais variadas formas de violências físicas e emocionais, envolvendo questões de gênero e raça. Nesse caso, a mulher e a menina são as principais vítimas de situações que envolvem atos perversos e estarrecedores que desafiam a nossa inteligência, no sentido de entendê-las, dada a sua natureza complexa, e no sentido de resolvê-las, dada ao seu número crescente de ocorrências.
Positivamente, afirma o texto “Princípios Democráticos: participação, reconhecimento justiça social”, p. 02 do Módulo I, Unidade I , quando menciona que com a crescente participação social, as mulheres, vão assumindo cada vez mais as bandeiras da igualdade de gênero e raça, influenciando decisivamente no aumento da participação feminina nos partidos”. No entanto, sabemos que essa vitória faz parte de um longo processo de lutas e reivindicações empreendidas no decorrer da história. Sabe-se ainda que, a busca por igualdade de direitos entre gêneros e raça, mulher x homem, mulher negra x mulher branca, devem ser pautadas num maior envolvimento da sociedade civil na participação política, organizada através de movimentos. Ainda, fazendo referência ao texto e página acima mencionado, “a atuação da sociedade civil de modo geral e de seus segmentos em particular se torna imprescindível na garantia de reconhecimento, legitimação e garantia de direitos de grupos historicamente discriminados”. Daí, a importância de "atrizes/atores" buscarem um maior envolvimento em movimentos sociais, na intenção de se desfazer as desigualdades presentes em nossa sociedade. No mesmo texto, podemos identificar esses movimentos como ponto de partida para a sociedade se organizar e poder pressionar os governos pela implementação de políticas públicas que irão atender as camadas da população em desvantagens na garantia de seus direitos.
É urgente a necessidade de se combater a violência praticada contra as mulheres, principalmente a negra, que ocorre amparada pelo submundo do silêncio institucionalizado por lentas leis que, mesmo existindo no papel, como os princípios contidos na carta de direitos “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, não é suficiente para diminuir a distância entre cidadãs e seu lugar de direito. Esta deveria ser “livro de cabeceira”, de todos os que detêm o poder e atuam na promoção e são os com maior possibilidade de promover políticas que visam a igualdade de direitos e oportunidades. Ou seja, políticas públicas no verdadeiro sentido da palavra como promover ações que produzam resultados ou mudanças no mundo real, na sociedade como um todo, privilegiando a diversidade de pensamento, de cor e de raça.

Referências:
O que São Políticas Públicas: Disponível em <: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo1/mod1_unidade1_texto1.pdf:> Acesso em 31/06/11.
Ciclo das Políticas Publicas: Disponível em <: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo1/mod1_unidade1_texto2.pdf:> Acesso em 31/06/11.
Princípios democráticos: participação, reconhecimento e justiça social. Disponível em <: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo1/mod1_unidade1_texto3.pdf:> Acesso em 31/06/11.
Políticas públicas e seus/suas atores/atrizes: os movimentos sociais. Disponível em<: http://www.gppgr.neaad.ufes.br/file.php/111/Modulo1/mod1_unidade1_texto4.pdf>: Acesso em 31/06/11.
Tânia Lúcia Marchiori


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